Quem quiser sacolinha pagará cerca de R$ 0,19 pelas biodegradáveis ou terá que usar caixas de papelão, de plástico, ou sacolas reutilizáveis.
Nesta quarta-feira, os supermercados de São Paulo deixaram de fornecer sacolinhas de plástico para os consumidores.
Nos supermercados que ainda distribuíam as últimas sacolinhas de plástico de graça, o clima era de adeus. “Tantos anos só com aquela sacolinha, hoje realmente estou me sentindo muito estranha”, conta a instrumentadora Catia Costa.
Mas o acordo para banir as velhas sacolas, feito entre supermercados e governo de São Paulo, já mudou a maneira de carregar as compras. Quem quiser sacolinha pagará cerca de R$ 0,19 pelas biodegradáveis ou terá que usar caixas de papelão, de plástico, ou sacolas reutilizáveis.
“Toda mudança não é fácil, você tem que ter determinação der boa vontade”, destaca a bancária Silvana Barbosa.
Para quem cresceu embalando tudo em sacolinhas plásticas esse é mesmo um momento de adaptação, de se criar novos hábitos, mas para muita gente a mudança que acontece em São Paulo é como voltar a um passado bem conhecido. “Era saco de papel. As sacolas antigas eram de lona”, lembra a aposentada Maria Luiza Bossi.
Os supermercados vão deixar de gastar R$ 190 milhões com o fornecimento de 7 bilhões de sacolinhas plásticas no ano. “A sacola sumiu, mas o preço continua o mesmo. Não deveria ter diminuído?”, questiona um consumidor.
“Tirar isso do consumidor não significa que vai abaixar o preço de nada. É um dano ao bolso do consumidor, um ganho do supermercado, sem qualquer vantagem ambiental”, afirma o fabricante de plástico Miguel Bahiense.
“As sacolinhas, antes, já eram pagas pelos consumidores, e agora deixarão de ser. Ou seja, sai da nossa planilha de custos e isso será repassado ao consumidor. Seja em preço, seja em ações de sustentabilidade, ou de serviços”, garante João Galassi, da Associação dos Supermercados.
Ainda haverá muita discussão e algumas dúvidas como as de Julia, que usava a sacolinha por um bom motivo: “Para pegar a caca do cachorro! Agora não sei”, brinca a menina.
Em Belo Horizonte, uma lei municipal proíbe a distribuição de sacolas plásticas comuns desde abril do ano passado. Só as biodegradáveis podem ser usadas.
Fonte: jornalfloripa
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