O Ibama já apreendeu 3.775 animais destinados ao mercado ilegal, isso sem falar no número de animais traficados que pode chegar a cem vezes mais. Foto: Apreensão de aves, em 2016 - PRF/Bahia/Divulgação)
Na manhã desta terça-feira (12), a Polícia Federal cumpriu os mandados de busca e apreensão e condução coercitiva contra aquele que é considerado o maior traficante de animais silvestres do país, o funcionário da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado da Paraíba (Emepa), Valdivino Honório de Jesus, de 60 anos. Também foram detidos o filho de Valdivino, Aureliano Gomes de Jesus, sua companheira, Elizabete Morais de Medeiros, e sua cunhada, Edilza Morais de Medeiros Nóbrega.
A ação aconteceu nos municípios de Patos e Junco do Seridó, na Paraíba. Durante as buscas, foram encontrados jabutis e aves na casa do filho de Valdivino.
Além da condução coercitiva e busca e apreensão, a Justiça determinou a aplicação de medidas cautelares contra Valdivino como comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades; proibição de ausentar-se da Comarca de Junco do Seridó, onde atualmente reside; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o acusado tenha residência e trabalho fixos; e fiança de R$ 40 mil. Aureliano, Elizabete e Edilza também estão relacionados ao tráfico de animais silvestres, interestadual e internacional.
Conhecido da polícia
Ao longo de vinte anos, Valdivino Honório de Jesus já foi autuado e preso quatorze vezes. O criminoso compra e vende animais silvestres no mercado ilegal há mais de vinte anos. O Ibama já apreendeu 3.775 animais destinados ao mercado ilegal, isso sem falar no número de animais traficados que pode chegar a cem vezes mais.
A punição para o crime cometido por Valdivino está prevista no artigo 29 da lei de crimes ambientais: “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa”.
O caso de Valdivino expõe a fragilidade das punições de crimes ambientais no Brasil. Ao longo de mais de duas décadas, ele acumula multas milionárias junto ao Ibama, fato que não serviu para inibi-lo de ser reincidente nesse tipo de crime.
Fonte : http://www.oeco.org.br
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