sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Lixão irregular gera multa de 85 mil a Bonfinópolis


Uma multa no valor de R$ 85 mil foi aplicada hoje, pela Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, à prefeitura de Bonfinópolis. O motivo é que o lixo coletado na cidade vem sendo despejado irregularmente em um lixão. Isso vem  causando uma série de transtornos à região, principalmente  comprometendo o lençol freático do Córrego Buriti. O município possui aterro sanitário, finalizado em 2010, e a licença ambiental para utilizá-lo foi emitida pela Semarh em junho do ano passado. Mesmo assim, o aterro permanece inutilizado.

A prefeitura argumenta que não utiliza o aterro por não possuir ainda o caminhão adequado para transportar os resíduos. O veículo teria sido comprado em parceria com a Fundação Nacional de Saúde  e a previsão é que seja entregue em um prazo de 30 dias. Mesmo assim, explica a prefeitura, não é um carro adequado para transportar o lixo, que pode cair na rodovia e provocar acidentes.

Segundo a Semarh, o município já havia sido advertido do problema, no ano passado. Diante do descumprimento, além da multa, os fiscais  embargaram o local onde fica o lixão, proibindo a entrada de qualquer pessoa e a continuação do despejo. Em uma nova advertência, a prefeitura fica encarregada de apresentar à Semarh, num prazo de 10 dias, a partir de hoje, o projeto de recuperação da área do lixão, sob pena de nova multa.

Projeto de recuperação
Os secretários da Saúde e do Governo, Dienes Reis e Zélio Carlos, respectivamente, disseram que o município  utiliza o lixão por causa da falta de pessoal e equipamento para operar o aterro. “O município está se adaptando e, apesar da situação crítica, estamos à frente de muitas cidades”, afirmou Dienes. Segundo ele, já existe um projeto de recuperação da área do lixão finalizado e a intenção é que, futuramente, o local seja transformado em parque ambiental.

Bonfinópolis é uma das nove cidades goianas que possuem aterros licenciados e, portanto, prontos para serem utilizados. Os outros 237 municípios operam lixões, sendo que 10% destes são lixões controlados, ou seja, com monitoramento do chorume, da quantidade de despejo e com manejo adequado. O lixão de Bonfinópolis tem mais de 20 anos, fica na zona rural, em uma área de 20 mil metros quadrados, com livre acesso e animais vivendo em meio ao lixo, como porcos e vacas.

O gerente de Combate à Degradação Ambiental da Semarh, Luciano Henrique de Moura, não demorou muito para constatar, durante a fiscalização, irregularidades, como disposição inadequada do lixo, despejo de resíduos hospitalares, chorume escorrendo sem controle, livre acesso ao local e mau cheiro. Isso é o suficiente para configurar crime ambiental. O caso foi descoberto depois de denúncia feita na Ouvidoria da Semarh,
Mais informações: (62) 3201.5196

Nenhum comentário:

Postar um comentário