terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Após supermercados, feiras querem banir as sacolinhas


Após os supermercados, agora as feiras livres também querem eliminar as sacolinhas plásticas em São Paulo. O assunto é discutido desde o ano passado pelos feirantes e conta com a simpatia da prefeitura paulistana.

Segundo José Torres Gonçalves, presidente do sindicato dos feirantes, a proposta é eliminar as sacolinhas e reduzir ao máximo o uso de sacos plásticos para carregar frutas, legumes e verduras.
Nas feiras, a maioria dos comerciantes utiliza sacolas de alça e sacos coloridos "de segunda", que já são feitos com plástico reciclado e que custam até 30% menos. Só os peixeiros utilizam sacos plásticos virgens.

"O feirante também não gosta da sacolinha. Como mudou no supermercado, não vai ser difícil fazer isso nas feiras. Vamos ajudar o ambiente e ainda economizar um bom dinheiro."

Torres acredita que as feiras terão condições de eliminar os plásticos em um prazo recorde de seis meses. Ele lembra que antes da disseminação das sacolinhas os fregueses utilizavam carrinhos, que hoje voltaram a circular.
Frequentadora da feira da rua Tucuna, em Perdizes (zona oeste), a dona de casa Ieda Silva, 61, usa sacola de lona para carregar frutas e verduras embaladas em sacos plásticos. 

"Sempre usei a sacola de lona, mas nunca pedi para tirar os produtos do saquinho. Do jeito que o feirante dá, coloco na sacola."

Já a dona de casa Maria Paula Ferreira, 48, carregava frutas e legumes soltos e misturados em um carrinho de lona. Ela coloca os alimentos mais pesados (melancia, laranjas etc.) no fundo e os frágeis (verduras) em cima.

"Já compro nessa ordem. Faz tempo que faço isso, não é por causa da campanha dos supermercados. Depois, é mais fácil para guardar as compras em casa. Só levo no saco folhas, como o alface."

Na feira da rua Mato Grosso, em Higienópolis (centro), vários fregueses utilizavam ontem as ecobags recém-compradas dos supermercados. "Uso carrinho, sacola retornável e saquinho", disse a aposentada Elizabeth Stipp.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Supermercados deixam de fornecer sacolinhas de plástico


Quem quiser sacolinha pagará cerca de R$ 0,19 pelas biodegradáveis ou terá que usar caixas de papelão, de plástico, ou sacolas reutilizáveis.
Nesta quarta-feira, os supermercados de São Paulo deixaram de fornecer sacolinhas de plástico para os consumidores.
Nos supermercados que ainda distribuíam as últimas sacolinhas de plástico de graça, o clima era de adeus. “Tantos anos só com aquela sacolinha, hoje realmente estou me sentindo muito estranha”, conta a instrumentadora Catia Costa. 

Mas o acordo para banir as velhas sacolas, feito entre supermercados e governo de São Paulo, já mudou a maneira de carregar as compras. Quem quiser sacolinha pagará cerca de R$ 0,19 pelas biodegradáveis ou terá que usar caixas de papelão, de plástico, ou sacolas reutilizáveis. 

“Toda mudança não é fácil, você tem que ter determinação der boa vontade”, destaca a bancária Silvana Barbosa. 

Para quem cresceu embalando tudo em sacolinhas plásticas esse é mesmo um momento de adaptação, de se criar novos hábitos, mas para muita gente a mudança que acontece em São Paulo é como voltar a um passado bem conhecido. “Era saco de papel. As sacolas antigas eram de lona”, lembra a aposentada Maria Luiza Bossi.
Os supermercados vão deixar de gastar R$ 190 milhões com o fornecimento de 7 bilhões de sacolinhas plásticas no ano. “A sacola sumiu, mas o preço continua o mesmo. Não deveria ter diminuído?”, questiona um consumidor.

“Tirar isso do consumidor não significa que vai abaixar o preço de nada. É um dano ao bolso do consumidor, um ganho do supermercado, sem qualquer vantagem ambiental”, afirma o fabricante de plástico Miguel Bahiense. 

“As sacolinhas, antes, já eram pagas pelos consumidores, e agora deixarão de ser. Ou seja, sai da nossa planilha de custos e isso será repassado ao consumidor. Seja em preço, seja em ações de sustentabilidade, ou de serviços”, garante João Galassi, da Associação dos Supermercados. 

Ainda haverá muita discussão e algumas dúvidas como as de Julia, que usava a sacolinha por um bom motivo: “Para pegar a caca do cachorro! Agora não sei”, brinca a menina. 

Em Belo Horizonte, uma lei municipal proíbe a distribuição de sacolas plásticas comuns desde abril do ano passado. Só as biodegradáveis podem ser usadas.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O Dep. Federal Paulo Teixeira é contra a censura na Internet


Ganharam força esta semana na web os protestos contra o projeto da Lei de Combate à Pirataria Online (Stop Online Piracy Act), organizados por ativistas e internautas do Brasil e do mundo inteiro, buscando impedir a aprovação do projeto pelo Congresso dos EUA.
Os ativistas têm usado a palavra chave #StopSOPA em todas as manifestações sobre o assunto, que tem sido um dos tópicos mais comentados nesta quarta-feira (18), data escolhida mundialmente para concentrar os protestos contra o que está sendo considerado uma tentativa de censurar a Internet.

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), critica o projeto e elogia a ação dos internautas. “A indústria do direito autoral quer aprisionar a Internet para defender os seus interesses. É uma tendência nos EUA e no Brasil também, como ilustra a ‘Lei Azeredo’. Felizmente a sociedade e os ativistas na rede estão atentos e ativos nos protestos, porque não podemos aceitar essa lei, que fere a liberdade de expressão na Internet”, disse o líder petista.
A exemplo do líder da bancada, o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), também contrário à proposta, se disse preocupado com projetos semelhantes que estão em debate no Brasil. “Nesse momento, tramitam no Congresso Nacional matérias similares àquela que está em discussão nos Estados Unidos. Esse movimento, de endurecer as leis de proteção do direito autoral, também ocorreu na Espanha e em outros países. Esse tipo de lei viola a liberdade de expressão, o direito à comunicação, o direito ao conhecimento e, portanto, o direito à educação, entre outro direitos fundamentais que são conquistas sagradas da humanidade. Espero que os protestos realizados pela Internet ao redor do mundo – inclusive pelas grandes empresas da Internet – possam influenciar os congressistas norte-americanos e impeçam a aprovação do projeto”, declarou Fonteles.
Para Fonteles, essa disputa está situada no contexto das grandes transformações que têm ocorrido recentemente no modelo econômico global. “O neoliberalismo tem sofrido seguidas derrotas com as crises financeiras recentes. E estamos na ‘Era do conhecimento’, na qual o bem mais precioso do capitalismo é justamente a informação, o conhecimento. Por isso as indústrias mais poderosas estão lutando para tornar mais rigorosas as leis que protegem os direitos autorais, algo que hoje significa um retrocesso em relação à dinâmica e à natureza da Internet, que é colaborativa e democrática”, complementou Fonteles, que já integrou a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara.
Fonteles também lembrou que os EUA “costumam usar os organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), para impor os seus interesses estratégicos sobre os demais países”.
Empresas – As maiores empresas baseadas na Internet – Google, Facebook, Twitter, Wikimedia/Wikipedia, Yahoo! Amazon, eBay etc. – são contra o SOPA e têm participado ou divulgado os protestos contra o projeto. Nas primeiras horas desta quarta-feira (18) o Google surpreendeu os usuários ao colocar uma tarja preta sobre o seu logo, apontando para uma mensagem de crítica ao projeto.
O projeto é de autoria do congressista republicano Lamar Smith, mas é subscrito por um grupo de outros 12 parlamentares dos dois grandes partidos. Os principais apoiadores do SOPA são as empresas da indústria fonográfica e cinematográfica, que há vários anos travam batalhas judiciais para impedir o compartilhamento e a livre distribuição de conteúdos que as mesmas produzem.
Se o SOPA for aprovado, os sites serão responsabilizados pelos conteúdos publicados ou distribuídos ilegalmente pelos usuários. As penas previstas incluem desde fechamento do site até cinco anos de prisão.
(Da Liderança do PT na Câmara, por Rogério Tomaz Jr.)

Música "A Lata de Lixo" de Gladir Cabral



Na lata do lixo a sujeira 
Na cesta do lixo o papel 
Na lata do lixo a besteira 
O resto da sobra do mel 
Na lata do lixo a madeira 
No saco do lixo o metal 
O resto da sobra da feira 
O resto do reino animal 
Na lata do lixo… 

Em cima da mesa a comida 
Em volta da mesa o irmão 
Em cima da mesa a bebida 
Em volta da mesa a canção 
Em cima da mesa a toalha 
Em volta da mesa o perdão 
Em cima da mesa a migalha 
Em volta o pedaço de pão 
Em volta da mesa… 

Em cima da terra a cidade 
Em volta da terra o lixão 
Em cima da terra avenida 
Em volta da terra erosão 
Em cima da terra calçada 
Em volta da terra avião 
Em cima da terra o esgoto 
Em volta a revolta e o não 
Em volta da terra… 


#/letras-e-musicas/gladir-cabral/a-lata-do-lixo/2033927

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Lixão irregular gera multa de 85 mil a Bonfinópolis


Uma multa no valor de R$ 85 mil foi aplicada hoje, pela Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, à prefeitura de Bonfinópolis. O motivo é que o lixo coletado na cidade vem sendo despejado irregularmente em um lixão. Isso vem  causando uma série de transtornos à região, principalmente  comprometendo o lençol freático do Córrego Buriti. O município possui aterro sanitário, finalizado em 2010, e a licença ambiental para utilizá-lo foi emitida pela Semarh em junho do ano passado. Mesmo assim, o aterro permanece inutilizado.

A prefeitura argumenta que não utiliza o aterro por não possuir ainda o caminhão adequado para transportar os resíduos. O veículo teria sido comprado em parceria com a Fundação Nacional de Saúde  e a previsão é que seja entregue em um prazo de 30 dias. Mesmo assim, explica a prefeitura, não é um carro adequado para transportar o lixo, que pode cair na rodovia e provocar acidentes.

Segundo a Semarh, o município já havia sido advertido do problema, no ano passado. Diante do descumprimento, além da multa, os fiscais  embargaram o local onde fica o lixão, proibindo a entrada de qualquer pessoa e a continuação do despejo. Em uma nova advertência, a prefeitura fica encarregada de apresentar à Semarh, num prazo de 10 dias, a partir de hoje, o projeto de recuperação da área do lixão, sob pena de nova multa.

Projeto de recuperação
Os secretários da Saúde e do Governo, Dienes Reis e Zélio Carlos, respectivamente, disseram que o município  utiliza o lixão por causa da falta de pessoal e equipamento para operar o aterro. “O município está se adaptando e, apesar da situação crítica, estamos à frente de muitas cidades”, afirmou Dienes. Segundo ele, já existe um projeto de recuperação da área do lixão finalizado e a intenção é que, futuramente, o local seja transformado em parque ambiental.

Bonfinópolis é uma das nove cidades goianas que possuem aterros licenciados e, portanto, prontos para serem utilizados. Os outros 237 municípios operam lixões, sendo que 10% destes são lixões controlados, ou seja, com monitoramento do chorume, da quantidade de despejo e com manejo adequado. O lixão de Bonfinópolis tem mais de 20 anos, fica na zona rural, em uma área de 20 mil metros quadrados, com livre acesso e animais vivendo em meio ao lixo, como porcos e vacas.

O gerente de Combate à Degradação Ambiental da Semarh, Luciano Henrique de Moura, não demorou muito para constatar, durante a fiscalização, irregularidades, como disposição inadequada do lixo, despejo de resíduos hospitalares, chorume escorrendo sem controle, livre acesso ao local e mau cheiro. Isso é o suficiente para configurar crime ambiental. O caso foi descoberto depois de denúncia feita na Ouvidoria da Semarh,
Mais informações: (62) 3201.5196

Palmito de espécie ameaçada de extinção é apreendido, no ES

Aproximadamente 300 cabeças de palmito juçara, o que equivale a cerca de 250 quilos da espécie da palmeira ameaçada de extinção, foram apreendidas pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) na quarta-feira (11) e na quinta-feira (12). A apreensão aconteceu na localidade de Caeté, em Vargem Alta, no Sul do Espírito Santo.
Os fardos de palmito estavam escondidos em uma área de mata do entorno dos parques estaduais de Forno Grande, em Castelo, e da Pedra Azul, em Domingos Martins. Segundo o Iema, o flagrante ocorreu durante uma vistoria de reconhecimento da área para subsidiar um trabalho de mapeamento e zoneamento territorial, quando dois cortadores de palmito foram avistados. Ao perceberem a movimentação, eles fugiram em uma moto.
Devido ao fato dessa palmeira necessitar de seis a nove anos para produzir sementes, a retirada do palmito em árvores que ainda não apresentam sinal de florescimento ou frutificação, impede que a planta complete seu ciclo reprodutivo ocasionando sua extinção. A pena para quem for pego extraindo este tipo de palmeira é de um a três anos de reclusão e multa de acordo com a quantidade apreendida.
Os palmitos apreendidos no flagrante foram doados ao hospital e a instituições de caridade de Venda Nova do Imigrante.
Fonte: G1.Globo

Indústria de plástico assina plano de ação para evitar descarte de lixo nos oceanos

                                                 Foto: sosriosdobrasil.com
Líderes da indústria mundial de plástico se reuniram em Dubai na última semana para a criação de um plano global de ações para o problema do descarte de lixo nos oceanos. O movimento que integra os vários países em torno da causa declara que “o lixo oceânico não tem fronteiras geográficas ou políticas”, por isso a solução deve ser discutida internacionalmente.
As preocupações relacionadas ao lixo marinho, no entanto, abrangem outros setores do mercado, já que a quantidade de objetos como garrafas de vidro e latas de metal também é preocupante.
No caso da indústria de plástico, a proposta é criar formas eficientes e inteligentes para que osresíduos não cheguem ao ambiente marinho (como aproveitar o valor que o plástico tem mesmo após usado). Segundo a United Nations Environmental Program, cerca de 70% do lixo marinho vai para o fundo do oceano, ou seja, não fica visível na superfície – por isso, prevenir é melhor do que tentar remediar.
A indústria mundial de plásticos também apoia o trabalho da GESAMP (The Joint Group of Experts on the Scientific Aspects of Marine Environmental Protection), conselho da ONU para assuntos relacionados à proteção do ambiente marinho.
Declaration for Solutions on Marine Litter foi adotada por 54 indústrias até agora e as ações começarão a entrar em vigor em 2012. Segundo o documento, os países têm alguns compromissos como contribuir para soluções com parcerias público-privadas que tenham como objetivo a prevenção de descarte de detritos no mar, trabalhar junto com a comunidade científica para entender e avaliar melhor os impactos e soluções para o problema, promover a aplicação de leis existentes para prevenir o lixo marinho e trabalhar para recuperar mais produtos plásticos para reciclagem.