*Clube de Engenharia recebe ministro da Defesa*
O Clube de Engenharia recebeu, no dia 25 de abril, na reunião do
Conselho Diretor, o ministro de Estado da Defesa, Nelson Jobim,
acompanhado pelo Almirante Júlio Soares Moura Neto, Comandante da
Marinha, pelo General Enzo Martins Peri, Comandante do Exército e pelo
Major Brigadeiro Luiz Carlos Tercioti, que representou o
Tenente-Brigadeiro Juniti Saito, Comandante da Aeronáutica.
O ministro apresentou aos conselheiros, oficiais das forças armadas e à
imprensa
presente a Estratégia Nacional de Defesa e falou da evolução da área nos
últimos anos.
A baixa prioridade às políticas de defesa e os desafios enfrentados no
início do governo Lula na área -- como a falta de quadros civis
capacitados para a direção dos assuntos de defesa, a baixa capacidade de
direcionar e integrar as políticas setoriais das três forças e a baixa
adesão das lideranças militares ao novo formato institucional da direção
da defesa, entre outros --, foram expostos e comparados com os avanços
evidentes do setor, desde as reformas de 2004 e 2010.
De acordo com o ministro, a agenda internacional de defesa está hoje à
altura do novo patamar ao qual o presidente Lula alçou a política
externa brasileira. ]
"Temos hoje diversas possibilidades do incremento do
relacionamento militar com nações que antes nem imaginávamos, não só
para construir pontes, mas também para desarmar iniciativas que poderiam
ser nocivas aos interesses nacionais e à nossa soberania", explicou o
ministro, citando a tentativa de construir o conceito de "Bacia do
Atlântico".
No âmbito interno, Jobim comentou a importância das forças armadas no
suporte às forças de segurança pública. "Graças às reformas de 2004 e
2010, as forças armadas têm poder de polícia que viabiliza, inclusive, a
sua participação em ações como as que ocorreram no Rio de Janeiro em
relação, por exemplo, ao Complexo do Alemão e o Complexo da Penha. Os
militares brasileiros estão aí para servir às necessidades brasileiras,
sejam elas internas ou externas", afirmou.
*Defesa como ferramenta estratégica*
Nelson Jobim foi enfático sobre a importância de se manter o patamar ao
qual a defesa nacional foi alçada nos últimos anos e da necessidade de
uma política de comedimento e de absoluta moderação, sem impor condições
de um país, mas que tenha uma estratégia de cooperação com os vizinhos
sul-americanos para que o subcontinente tenha capacidade dissuasória. ]
"A América do Sul é a maior reserva de energia renovável e não renovável do
mundo, o maior produtor do mundo de proteína vegetal e animal, temos as
duas maiores reservas de água potável do mundo: a Amazônia e o Aqüífero
Guarani. É da defesa dessas riquezas que estamos tratando: energia,
alimento e água".
Segundo o ministro, ficou para trás o pacifismo ingênuo que dominava a
área da defesa. "Não se trata de conflito, de guerra, mas de uma
estrutura de hard power que possa assegurar uma política soft power
internacional. Uma coisa não sobrevive sem a outra". O ministro falou,
ainda, do esforço feito para manter no Brasil os novos talentos,
freqüentemente levados pelas empresas privadas para outros países.
Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia, entregou a Nelson
Jobim uma placa em agradecimento pela visita. O ministro entregou ao
Clube uma cópia da Estratégia Nacional de Defesa e o livro Segurança
Internacional -- Perspectivas Brasileiras, que tem como organizadores, o
próprio ministro, Sergio W. Etchegoyen e João Paulo Alsina, além de uma
placa cumprimentando o Clube pela iniciativa.
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Fonte: lixo.com, Prof Jorge Rios
Problemas com drogas:
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